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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Como a tv pode estar arruinando a sua vida e como se livrar disso

Há exatamente 6 anos eu passava 5 horas por dia no transporte público da cidade do Rio de Janeiro, tinha um emprego e me divertia na maior parte do tempo indo a baladas e bares. Também mantinha uma tv por assinatura no meu orçamento, bem como despesas não pagas no crédito rotativo do cartão e admitia como meu o dinheiro disponibilizado pelo banco como limite de crédito. Essa era minha vida há 6 anos. Hoje eu gasto no máximo uma hora por dia dentro do meu próprio carro para ir treinar, levar ou pegar as crianças na escola e visitar algum cliente ou amigo. Vivo dos meus próprios negócios que toco a partir de casa e me divirto brincando com meus filhos ou assistindo a algum filme pela internet com toda a família enquanto comemos pipoca em cima da cama. Não tenho televisão e pago sempre toda a fatura do cartão para ganhar pontos em programas de vantagens. Durmo pouco depois das oito da noite e ainda posso tirar uma soneca após o almoço antes de dar seguimento no dia de trabalho. O segredo por trás dessa mudança foi encarar que era preciso desligar algumas coisas da minha vida se eu quisesse prosperar.

Tudo o que imaginamos, fazemos

A programação neurolinguística é baseada na ideia de que a mente, o corpo e a linguagem interagem para criar a percepção que cada indivíduo tem do mundo. Podemos notar essa interação acontecendo quando visualizamos uma imagem boa ou ruim. A imagem provoca sensações que são vividas no campo da mente como se fossem reais. Quando estamos executando uma reforma em casa, por exemplo, normalmente visualizamos o resultado da reforma para depois executá-la. Enquanto imaginando a reforma, esta fica tão real na nossa mente que conseguimos criar uma lista de coisas para se fazer e comprar com certa acuidade.
O que quero demonstrar com isso é que ao assistir um filme, um programa de televisão ou mesmo a uma imagem na internet, nossa mente processa aquilo como “real” e  guarda aquela experiência em nosso banco de experiências. Quem sabe, talvez possamos usar o mesmo golpe visto no filme em alguém na rua ou tenhamos que denunciar da mesma forma os problemas que sofremos como vimos no programa de debates. Enfim, nós guardamos essas informações, mesmo que superficialmente. Entretanto, quanto mais consumimos um determinado tipo de informação, mas o nosso cérebro se molda para deixar esses tipos de informação em uma camada de acesso mais rápido no nosso banco de experiências.
Envolvidos com desenvolvimento pessoal e criação de empresas, consumimos artigos, filmes, programas, imagens e pessoas que falem sobre esse assunto treinando o nosso cérebro a ter este tema “na ponta da língua”. O mesmo ocorre quando começamos a praticar algum esporte ou nos dispomos a aprender algo novo em qualquer área do conhecimento. Assim como também ocorre quando não nos propomos a qualquer objetivo e passamos o nosso tempo envolvidos com artigos, filmes, programas, imagens e pessoas que falem sobre os mesmos assuntos, seja eles quais forem.

Como manter a maior parte de nós na base da pirâmide

Faça-nos ter medo e nos distraia desse medo que continuaremos a consumir o que for sugerido para consumir.
É assim que pensam os habitantes da base da pirâmide social. Na televisão, no rádio e na internet somos treinados a ter medo. O que de realmente violento existe na sua vida? Realmente? Eu á fui vítima de 15 assaltos mas em nenhum deles dispararam a arma, assim como também não vi sangue derramado ou pessoas mortas na esquina. O que de realmente sério acontece quando você fica sem dinheiro? Realmente? Eu já fiquei sem dinheiro para almoçar quando vim para Curitiba porque estava pagando dívidas e o que tive que fazer foi mudar algumas opções de alimentação para algumas mais baratas e saudáveis como frutas, verduras e legumes. Não passei fome e não tive problemas nos pés por andar seis quilômetros todos os dias para ir trabalhar ao invés de pegar um ônibus.

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Acredite. A maioria das pessoas leva uma vida de sofrimento porque foi isso que ensinaram para elas. Sempre estão com problemas e levam as suas vidas como um filme de aventura ou uma novela das oito. Quando lá atrás eu enxerguei que podia fazer do meu futuro, um futuro diferente dos meus pais, comecei a questionar o que consumia e eliminar aquelas atividades que interferiam no meu comportamento. Um último teste eu fiz não faz muito tempo… Como comecei a ir para a academia treinar às seis e meia da manhã, ligava o rádio para acompanhar as notícias sobre o clima, política, futebol, essas coisas, e depois de algumas semanas fazendo isso, recebi o feedback da minha esposa dizendo que eu estava muito “reclamão” e comecei a me questionar de onde se originava este comportamento, enxergando no rádio um provável inimigo. Desliguei então o rádio e passei a ir para academia ouvindo músicas e em casa voltei a ouvir música clássica ao invés de músicas mais agitadas. A forma pensamento mudou e assim também o meu comportamento.

Como se livrar das distrações que podem estar arruinando a sua vida (algumas dicas):

  • Não veja mais televisão. Não sente em uma poltrona para assistir a algo que escolheram como bom para você.
  • Escolha o que deseja assistir. Assista filmes e seriados que gosta na internet escolhendo o que é bom para você.
  • Desligue o rádio das notícias. Escolha uma boa rádio com músicas boas para você e se mantenha nesta sintonia.
  • No Facebook, cancele a assinatura de atualizações das pessoas que mandam bobagens ou imagens chocantes mesmo que seja uma pessoa muito amiga sua.
  • Negue ir a eventos que não agregam nada para a sua vida mesmo que sejam eventos familiares.
  • Não se envolva com pessoas que estão demasiadamente afastadas daquilo que você quer para a sua vida.
Entendo que poderei receber algumas críticas sobre este artigo assim como no anterior fui criticado porque entenderam que acordar cedo era um mérito ao invés de uma característica dos maiores CEOs do mundo. O ponto deste artigo é que enquanto não escolhermos aquilo que querermos ver, ouvir e ler, não conseguiremos sair da forma de pensamento do medo e do sacrifício. De forma alguma é mérito alguém ver televisão, mas certamente é mérito poder escolher aquilo que deseja consumir.

Fonte: Insistimento

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