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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Cuidado com o que você acredita, pois isso pode te levar a fracassos contínuos

O que é real? Será que o que enxergamos é mesmo real? Será que o que iremos captar deste artigo é real ou talvez só uma impressão daquilo que nos acostumamos a ler? Será que o que vemos na TV é real ou só uma impressão daquilo que nos acostumamos a ver? Por fim, será que o que ouvimos no rádio é real ou só uma impressão daquilo que nos acostumamos a ouvir? É interessante refletir sobre o que é ou não ilusão e nos questionarmos mais profundamente sobre a vida que vivemos. Será esta vida a realidade ou uma ilusão daquilo que nos acostumamos a viver? Se cinco ou mais pessoas pararem e analisarem nossos problemas, talvez seja possível descobrir novas maneiras de viver a vida que vivemos. O que é muito interessante…
TRÊS EXEMPLOS DE ILUSÃO ou preconceito perceptivo natural
Exemplos retirados na íntegra do artigo ‘As ilusões da percepção’ de P.M.H. Atwater publicado na edição do quarto trimestre de 2010 da Revista TheoSophia
Exemplo 1 – Você vai ao cinema desfrutar um bom filme, mas o que é que você realmente vê? Literalmente, você vê a projeção contínua de uma série de quadros estáticos separados por um período de escuridão. É a sua percepção do que você pensa que vê que fornece o que parece ser o movimento de uma história sólida. Nada do que você vê em si mesmo é capaz de movimento ou coerência até que você, o vidente, supre ambos, unindo o que é projetado dentro da sua própria mente. O que você pensa que vê na realidade não existe. Existe apenas uma sequência contínua de unidades simples. É a sua mente que faz a união entre elas. Os filmes são uma ilusão de ótica.
Exemplo 2 – Você senta em frente ao aparelho de televisão para desfrutar um bom programa, mas a que você realmente assiste? Literalmente, um elétron de cada vez (em preto-e-branco) e três de cada vez (em cores) disparados da parte de trás do tubo de imagens para que a tela seja iluminada logo que ele a atinja sob a forma de um pequeno ponto. O contínuo disparar de elétrons-que-se-tornam-pontos cria a impressão de imagens, à medida que as linhas de exploração (barras de rastreamento) rolam para cima e para baixo separando a informação entrante (os pontos novos) da informação que está esmaecendo (os pontos velhos). Você faz o ajuste no aparelho, não para remover as estranhas barras que aparecem no quadro, mas para colocar toda a atividade da tela dentro do alcance da sua própria preferência perceptiva. Um tubo de imagens liga os pontos eletrônicos, transformando-os nas imagens que você pensa ver na tela, ao mesmo tempo em que ignora totalmente a verdadeira realidade do que realmente aparece. A televisão é uma ilusão mental.
Exemplo 3 – Você vai a um concerto para ouvir boa música, mas o que é que você verdadeiramente ouve? Literalmente uma série de notas separadas entre si por intervalos de silêncio. Tudo o que qualquer instrumento ou voz podem produzir são sons simples, um de cada vez. É a percepção do ouvinte que supre a linha melódica ou a dissonância, que tem o nome de música ou ruído. Sem a participação do ouvinte, e sua percepção do que é ouvido, o som seria incapaz do que parece ser um fluxo. O que ouvimos como som contínuo é uma criação dentro de nossa própria mente. A música é uma ilusão auditiva.
ENCARANDO OS FATOS
Apesar de sempre estarmos em busca da felicidade, ignoramos o fato de sermos algo dentro de uma percepção. Enquanto sentimos vontade de fazer as coisas acontecerem, nossas ferramentas foram criadas para produzir o melhor resultado com o menor esforço. Nosso cérebro é um computador automatizado com inúmeras “teclas de atalho” para reproduzir operações comuns com menos esforço, ignorando novas variáveis que poderiam compor o sistema.
Por várias vezes eu empreendi e falhei porque, quando estava passando por alguma dificuldade nos meus empreendimentos, meu cérebro sempre me dava a seguinte informação: “Você não precisaria passar por essa situação se estivesse em um emprego”. Apesar de eu querer dar mais passos à frente, a minha máquina só me mostrava essa solução independente dos problemas que eu lhe apresentava, já que esta era reconhecida por ela como a mais segura. Domesticadas a pensarem como empregado tanto pela educação quanto pela cultura, minhas ferramentas entendiam como inseguro o que eu estava tentando realizar como empreendedor. Era muito arriscado! Basicamente a cada novo problema que eu apresentava à minha máquina, uma das sugestões mais fortes que recebia era que seria melhor desistir dessa ideia estúpida o mais rápido possível antes que tudo desse errado de novo.
Entender que tudo o que imaginamos pode ser uma ilusão, nos leva a admitir que talvez possamos estar errados. Isto, por consequência, amplia a nossa visão, possibilitando que ao invés de desistirmos, insistamos naquilo que definimos como meta, procurando ajuda em outras fontes que nos auxiliem a apresentar para a nossa própria ferramenta uma nova realidade. Pessoas, livros, blogs, sites… São algumas das fontes capazes de introduzir outras realidades na nossa ilusão. Foi o que aconteceu quando comecei a viver uma vida de empreendedor, sustentando-me pela minha própria empresa. A ilusão de que a segurança era ser empregado de uma empresa foi sumindo pouco a pouco dando lugar a realidade de que eu mesmo era a minha própria força de trabalho e o meu próprio sustento.
A REAL REALIDADE
Eu, você e todos os outros, vivemos para colecionarmos experiências, moldando a nossa moral e ética. Exercitamos a nossa própria vontade para colocar os nossos talentos para fora e vivermos completamente realizados como pessoas e profissionais. O conflito constante que habita todos os dias a nossa vida, é fruto do confronto da ilusão externa com a realidade interna. Enquanto uma nos encaixota, a outra nos impulsiona a desabrochar e viver plenamente.
Dizemos para nossas mentes que precisamos cada vez mais de dinheiro para arcar com as nossas “responsabilidades”, enquanto precisamos, na realidade, de um mínimo necessário para continuarmos ativos colocando o nosso trabalho a serviço dos outros. Dizemos ainda que temos necessidades de ter enquanto a verdadeira necessidade é ser mais o que nós mesmos devemos ser. E dizemos ainda: que a vida é dura, enquanto ela é simples e prazerosa desde que você não cultive a ilusão de aparentar ser o que você não é.
O que você acredita não é realidade, definitivamente. Assim como o que eu acredito também não. Basta fazer o teste e expor qualquer assunto para um grupo de mais de cinco pessoas e ouvir suas opiniões a respeito. Cada um trará o seu ponto de vista e a coleção destes pontos é que enriquecerá a conversa. Se estamos iludidos em relação ao que vemos no cinema, assistimos na TV e ouvimos no rádio, talvez possamos estar iludidos sobre o que acreditamos estar certos.
Cultive o fracasso diariamente e obterás fracasso como resultado. Cultive uma mente aberta diariamente e obterás oportunidades de crescimento como resultado.
“A diferença entre um homem de sucesso e outro orientado para o fracasso é que um está aprendendo a errar, enquanto o outro está procurando aprender com os seus próprios erros.” (Confúcio)

Fonte: Insistimento

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