Publicidade

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Quais são os seus poderes?

Como infelizmente fomos treinados a nos esforçar para aprender coisas que nem sempre gostamos tanto, terminamos aprendendo que é preciso sacrifício e esforço para conseguir aquilo que queremos. Assim, perdemos tempo nos desgastando em atividades que não produzirão os melhores resultados para nós, enquanto vamos esquecendo quais são os nossos poderes que podem fazer toda a diferença ao longo da nossa caminhada. Cada dia é uma nova oportunidade para aprendermos mais sobre nós mesmos e nada melhor quando encontramos os nossos poderes para treiná-los ao máximo e produzir resultados “impossíveis”. Neste texto, conto mais um pouco do meu aprendizado na tarefa diária de empreender para inspirar o leitor a se dedicar aquilo que é imprescindível: o autoconhecimento.

No limite do possível

Depois de ter praticado esportes como natação, escalada e tênis e passado por um período de cinco anos de sedentarismo, voltei ao mundo dos esportes para praticar jiu-jitsu, mas não tinha noção dos seus benefícios para o meu autoconhecimento. Quando comecei não me arriscava ou tentava algo diferente durante o treino porque tinha medo de me machucar. Passado um tempo, só me defendia porque me sentia perdido em meio a inúmeras possibilidades de ataque que havia aprendido, mas que não sabia como utilizá-las. Hoje, finalmente, já conheço aquilo onde sou melhor e pior e progrido dia após dia me concentrando naquilo que sou melhor.
Aconteceu o mesmo quando comecei a empreender. Não me arriscava ou tentava algo muito diferente daquilo que conhecia porque tinha medo de dar errado. Depois de um tempo, reagia as consequências dos erros de movimento cometidos na vida pessoal procurando vender mais ou me movimentando mais rápido por mais que me estrangulasse. Até que investi em auto-análise e comecei a conhecer os meus talentos, meus pontos fracos e fortes, minhas competências e meu “estilo de jogo”. Só a partir daí pude treinar meus melhores movimentos para conseguir atingir os meus objetivos.

A sociedade do “como fazer”

Ouvi uma história engraçada um dia desses que falava que um aluno faixa branca de uma academia de jiu-jitsu havia aparecido com uma faixa azul na cintura dizendo que havia feito aulas de jiu-jitsu pela internet e recebido um certificado e sua faixa de graduação. Evidentemente sua faixa foi destituída e ele voltou a usar a sua faixa branca, pois uma graduação só se consegue por experiência e não somente por conhecimento.
Eu já fui um empreendedor que buscava em revistas, livros e na internet um modelo de negócio que pudesse copiar. Eu podia até ter uma ideia, mas ao invés de implementá-la a minha maneira, preferia buscar uma empresa que fazia a mesma coisa para copiar sua maneira de trabalhar. Eu tinha conhecimento e números que mostravam que “a coisa” poderia dar certo, mas evidentemente a execução falhava.
A maioria dos visitantes desse site, chegam em busca de ideias de negócios prontas para implementar e alguns deles com quem converso, se sentem um pouco frustrados em saber que seja no meu trabalho como coach ou no curso online que temos, ajudo o empreendedor a construir um negócio sobre os seus próprios talentos e não ofereço um passo a passo de implementação de um negócio criado por mim. Passo técnicas de marketing, de validação e implementação de negócios, mas meu trabalho como tutor termina onde começa o trabalho dos meus alunos. Se não for assim, quem aprende perde todo o mérito de ter conseguido e não aprende para conseguir de novo.
Infelizmente nos concentramos em aprender fórmulas e ignoramos a importância de conhecer nossos poderes para aí sim aprender técnicas que possam torná-los mais eficazes. Não adianta para mim, aprender como fazer uma passagem de guarda pesando sobre o adversário no jiu-jitsu porque eu sou muito leve, assim como aprender as técnicas que exigem mais da minha força porque esse não é o meu poder principal. Faz muito mais sentido que eu me concentre em aprender as técnicas que utilizam as próprias alavancas do corpo para o combate como as torções de braço, triângulos e estrangulamentos porque o meu forte é agilidade e o pensamento fora da caixa para enxergar movimentos invertidos e menos engessados.

Aprenda a descobrir quais são os seus poderes

No que você é realmente bom? Você sabe responder esta pergunta? Perceba as tarefas que as pessoas à sua volta mais te solicitam e mais gostam que você faça para elas. Dentro das suas atividades do dia a dia, perceba aquelas em que se sente mais à vontade, mesmo que ainda as execute de forma imperfeita. O seu trabalho de autoanálise serve para perceber aquilo em que você é bom. Quando souber disso, pense o que você pode fazer com esses poderes e como pode treiná-los de forma mais eficaz. Eu gosto de dar aulas, falar em público e as pessoas gostam disso que eu faço, mas procurei um curso de oratória para me tornar melhor. Da mesma forma, também gosto de ouvir pessoas e de fazê-las refletir sobre seus próprios questionamentos e por isso procurei cursos de coaching para ampliar este poder. No jiu-jitsu, ao invés de ver vídeos na internet de lutadores mais pesados e mais fortes que eu, me concentro em assistir vídeos de lutadores mais leves e com jogo mais solto, porque é nisto que pretendo me focar.
Precisamos atingir um objetivo impossível, fora dos limites do nosso pensamento e para atingirmos esse objetivo precisamos ampliar de forma descomunal o poder que cada um de nós temos. Será que teríamos espaço para cinco Steve Jobs, cinco Bill Gates, cinco Warren Buffet e cinco Mark Zuckerbergs viverem ao mesmo tempo e na mesma época neste planeta? O mundo não precisa de empreendedores razoáveis, mas de empreendedores que realizam o impossível. Quem está junto comigo nessa?

Fonte: Insistimento

Nenhum comentário:

Postar um comentário