Por Felipe
Scherer
1) Acreditar que uma boa ideia é sempre um bom
negócio – vejo
com muita frequência pessoas apresentando suas ideias e muitas vezes as
implementando sem ter clareza do modelo de negócios dessa novidade. Coisas
básicas como a forma de capturar valor (como vamos cobrar pela novidade),
canais (como vamos acessar os consumidores) e parceiros muitas vezes são
deixados para segundo plano em razão de a tecnologia ser diferenciada. Um
produto ou serviço com funcionalidades/tecnologias superiores não significa que
irá bater a concorrência.
2) Deixar para executar o projeto de inovação
quando tiver tempo – deixar
para inovar quando sobrar tempo é a mesma coisa que dizer vai começar uma dieta
ou academia na próxima segunda-feira. Chega o dia para começar e aí aparecem
convites para sair para jantar, churrasco e futebol, cinema, happy hour, etc…
Quando a gente vê nossa dieta/academia ficou para a próxima, pois afinal de
contas, uma semana a mais não vai fazer “tanta” diferença. Na rotina de
trabalho é algo parecido, de maneira geral ninguém tem tempo “sobrando” e
outras demandas consideradas mais urgentes tomam o tempo que deveria ser
priorizado para executar o projeto inovador.
3) Buscar o ótimo antes de encontrar o bom – existe um ditado que diz que o
ótimo é inimigo do bom. Vejo com muita frequência pessoas se escondendo atrás
da busca pelo ótimo como desculpa para não executar os projetos inovadores.
Gerar uma versão boa o mais rápido possível permite a testar e aprender para
fazer os devidos ajustes. Reduzidas essas incertezas podemos gerar a versão
ótima que todos buscam.
4) Esperar que o mercado “puxe” a
inovação – em
algumas empresas ouço a expressão: “o mercado não enxerga as nossas inovações”.
Existe um trabalho importante que muitos inovadores não dedicam a mesma atenção
que é a comunicação dessas novidades. Imaginem se simplesmente a Apple
colocasse seus novos produtos nas prateleiras e ficasse esperando os
consumidores perguntarem o que tem de novo neles. Eles fazem justamente o
contrário, dedicam-se em divulgar intensamente essas novidades de forma que
quando o produto chega à loja os consumidores já sabem o que eles têm de melhor
que o anterior.
http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/inovacao-na-pratica/2012/05/22/marketing-para-produtos-inovadores/
http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/inovacao-na-pratica/2012/05/22/marketing-para-produtos-inovadores/
5) Jogar tênis ao invés de futebol – certas pessoas tratam suas
ideias e projetos como algo pessoal e intransferível. Hoje diversos estudos
apontam que a inovação é um processo que demanda diferentes competências que
vão desde a criatividade até a capacidade de gerir projetos. Nesse meio existem
questões como motivação para mudança, identificação de oportunidades, adaptação
durante os projetos, comportamento em relação a desafios, tolerância a incertezas,
foco em resultados, etc. Dificilmente conseguimos ter uma pessoa que tenha
todas essas competências completamente dominadas. Daí vem a importância do
trabalho em equipe.
Fonte: Exame
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