Julio Vasconcelos, fundador do Peixe Urbano, conta que começou a startup sem capital. O principal investimento era a dedicação de tempo ao site. Hoje, ele acredita que existem muitos empreendedores que dividem sua atenção entre um emprego fixo e o negócio. “Tem muita gente brincando e não levando a sério”, opina.
Escolha bem seu sócio
Junto com dois sócios, Emerson Andrade e Alex Tabor, Júlio Vasconcellos anunciou a primeira oferta do Peixe Urbano em março de 2010. Em dois anos, a empresa deslanchou, vendeu milhões de cupons e faturou mais de 100 milhões de reais. Hoje, o Peixe Urbano está entre os maiores do mercado e já recebeu investimentos de empresas de capital de risco, como a General Atlantic (GA), a Tiger Global Management, a Monashees Capital e a Benchmark Capital. “A minha dica para quem estiver pensando em começar seu próprio negócio é saber identificar seus próprios pontos fortes e pontos fracos e se juntar a pessoas que te complementam”, diz.
Gol: não existe fórmula de sucesso
Presidente da Gol Linhas Áreas desde julho deste ano, Paulo Kakinoff assumiu o cargo de CEO que até então era ocupado por Constantino de Oliveira Junior. Kakinoff era presidente da Audi Brasil e atuava na indústria automobilística há 19 anos. Ele afirma que o sucesso vem depois de muito estudo e esforço e que não há uma fórmula pronta. Quanto a investir em um negócio próprio, Kakinoff diz que acha admirável quem empreende. “É como se fosse o ‘all in’ do poker, você aposta todas as fichas lá. Muitas vezes você aposta todo o seu patrimônio, energia e competência em um empreendimento”, afirma.
Minha Vida: capacite-se
Daniel Wjuniski, fundador da startup Minha Vida, acredita que o retorno financeiro não deve ser o principal motivador de quem quer abrir um negócio. “Empreendedor tem que querer mudar o mundo”, afirma. Para ele, a capacitação é essencial para se destacar nos negócios e é determinante para quem quer ter sucesso.
Via Varejo: seja ágil
A Via Varejo, que opera as marcas Ponto Frio e Casas Bahia, tem Raphael Klein no comando. Aos empreendedores brasileiros, Klein afirma que o sucesso é fruto do que se planta. “O Brasil não é o país que o grande engole o pequeno e sim que o rápido que engole o lento”, diz. A mensagem para quem deseja mergulhar no empreendedorismo é focar no que realmente gosta de fazer: “seja o motorista da sua vida e faça o que você realmente acredita”.
GE Brasil: mude a forma de liderar
Um dos
principais desafios para a mulher empreendedora é conciliar o tempo dedicado ao
trabalho e à família. Para Adriana Machado, presidente da GE Brasil, as
mulheres tendem a ser mais emotivas no comando de negócios, seja em pequenas ou
grandes empresas. Para ter sucesso, ela aposta em uma nova ideia de ser chefe.
“Comando e controle já era. Você tem que aprender a trabalhar passando por
várias barreiras de comando. Você tem que saber influenciar de outra maneira”,
diz.
JAC Motors Brasil: não tenha medo de
errar
O
presidente da JAC Motors Brasil, Sergio Habib, afirma que hoje o maior desafio
para empresários da área de vendas é conquistar o cliente. E, para uma marca
nova, a indicação é muito mais do que focar na fidelidade. O seu conselho para
empreendedores é não ter medo de errar. “Tome cuidado no ramo que você está,
pois persistir é diferente de insistir em um negócio que não dá certo”,
explica.
LocaWeb: escolha bem os sócios
Claudio
Gora, sócio-fundador da LocaWeb, acredita que empreendedores de internet no
Brasil têm um futuro promissor e podem, em breve, encarar a bolsa. Para ele, no
entanto, a escolha dos sócios e da equipe precisa ser bem pensada. Ele conta
que vê muitos empreendedores de tecnologia se juntando a outros com formação
parecida. “Tem que se juntar a um cara de marketing e de outras áreas. Não
adianta entrar em um mundo dele e achar que dá para seguir em frente”, afirma.
CVC: fale a mesma língua do cliente
Guilherme
Paulus, fundador da CVC, é um dos pioneiros no ramo de negócios com turismo no
Brasil. Para ele, o mais importante para empreendedores, especialmente para
aqueles que atuam na área de prestação de serviços, é o contato com o cliente.
“O cliente é sedento por informações. Ele quer saber e você precisa dar
atenção”, explica. Para ele, esse contato cara a cara com o consumidor sempre
existirá, mesmo com a internet.
Aprenda com seus errosEm 40 anos, Guilherme Paulus levou sua agência de viagens CVC de um negócio desconhecido na região metropolitana de São Paulo a maior operadora de turismo da América Latina. Para ele, os empreendedores precisam aprender com seus erros e não ter medo de criar nem de se arriscar.
Rubaiyat: não se iluda com o glamour
Belarmino
Fernandez Iglesias Filho ainda não tinha nascido quando seu pai, Belarmino
Fernandez Iglesias, começou a empreender no Brasil. Imigrante espanhol,
Belarmino pai, como é chamado, foi garçom antes de entrar na sociedade do
Rubaiyat, uma churrascaria que virou referência de carnes nobres no país. Hoje,
a rede conta com restaurantes em São Paulo, Madri e Buenos Aires. Neste ano,
vendeu 70% da empresa para o fundo de investimentos Mercapital. “Não se iluda
com a poética do negócio. Ele é charmoso e glamuroso, mas exige muito esforço”,
afirma Belarmino Fernandez Iglesias Filho.
Buscapé: seja teimoso
O
Buscapé é referência internacional de empreendedorismo digital brasileiro,
sobreviveu á bolha das empresas pontocom e foi comprado pelo grupo de mídia
sul-africano Naspers por 342 milhões de dólares, em 2009. Para chegar a este
patamar, Romero Rodrigues, presidente do grupo e co-fundador, diz que a empresa
passou por muitos tropeços. “Seja teimoso. É bom se acostumar porque você vai
receber não como resposta o tempo todo. O Buscapé morreu umas cinco vezes e a
gente foi teimoso para não acreditar que ele estava morto”, conta.
Jin Jin: vá com calma
A
história de empreendedorismo de Jae Ho Lee começa em 1992. Formado em
administração de empresas, Lee funda a rede Jin Jin e inaugura a primeira loja
em um shopping de São Paulo. O seu principal objetivo era virar uma rede de
franquias. Hoje, o grupo Ornatus controla ainda as marcas Balonê, Morana, Jin
Jin Sushi e MySandwich. Para Lee, empreendedor tem que ter calma. “Não tenha
pressa ou vai acabar tomando decisões pela emoção e fazendo poucas contas”,
ensina. Segundo ele, quase todo negócio tem grandes barreiras de entrada e bons
concorrentes. “Tem gente sempre vendendo o seu produto”, diz.
Habib’s: tenha um diferencial
Com
uma história de superação, Alberto Saraiva, dono do Habib’s, aprendeu com
a morte do pai como era importante se dedicar a fazer um negócio dar certo.
Hoje, comanda ainda as redes Ragazzo e Box 30 e acredita que os novos
empreendedores não podem descansar até encontrar um diferencial para o seu
negócio.
Mercado Livre: pense no longo prazo
Treze
países, 62 milhões de usuários, 1,5 mil funcionários e mais de 55 milhões de
dólares de lucro líquido. Estes números pertencem ao MercadoLivre, plataforma
de compra e venda online e um dos sites mais acessados na América Latina.
O empreendedor por trás deste negócio é Marcos Galperin. O argentino fazia
MBA em Stanford quando pensou em criar o site. Segundo ele, os empreendedores
precisam enxergar longe. “Muitos empreendedores pensam em curto prazo e isso
faz com que se frustrem ou fiquem muito contentes com alguma coisa. É muito
importante ter uma visão de longo prazo para realmente construir uma empresa
que seja permanente com o tempo e não uma moda que desaparece porque não era
sustentável”, sugere.
Spoleto: cuide das finanças
Colocar
o cliente como chef para preparar um prato conforme sua vontade e ser servido
em poucos minutos. Essa era a ideia dos empreendedores Eduardo Ourivio e
Mario Chadyquando criaram, em 1999, o Spoleto. Hoje, os empresários comandam o
grupo Trigo, que tem mais duas marcas e fatura 490 milhões de reais. Chady
considera o cuidado com as contas da empresa um dos pontos primordiais para o
sucesso do negócio. “Nós éramos jovens empreendedores com pouco planejamento e
tivemos dificuldades financeiras inclusive. Isso deixou uma marca”, conta.
Fonte: Olhar Empreendedor
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