Veja pontos de destaques empreendedores dessa história e aplique essas lições para seu empreendimento
1 - Pesquisa de comportamento – Estas são essenciais para saber o que o cliente necessita. “Também nos ajudam a oferecer ao consumidor sempre mais do que ele espera. É nossa missão surpreendê-los com novidades";
2 - Então o empresário usava o dinheiro ganho com as aulas de História para subsidiar a pequena confecção - É preciso somar todos os esforços em uma única direção. É o foco que nos faz superar os obstáculos mais difíceis.
3 - Iniciou com cinco máquinas usadas - A maioria dos negócios começam peqeunos. A atitude é quem determina o crescimento. Mas o ponto mais importante é dar o primeiro passo.
4 - Negociava os pedidos pelo telefone da sogra - A solução às vezes está do lado, aproveite de forma responsável os recursos disponíveis. São pequenas soluções criativas.
5 - Não foram poucas as vezes que sua mulher, Riva, voltou para casa chorando, porque os lojistas não se davam ao trabalho de olhar as peças. Foi um início muito difícil. - Começar um negócio não é fácil. As vezes pode-se defrontar com situações desestimuladoras. Mas o segredo é não desistir.
6 - Para não desperdiçar, comprávamos a metragem exata de tecido para confeccionar cada pedido. Um erro significava um prejuízo enorme - Redução dos custos através da minimização dos desperdícios são essenciais.
7 - Para fazer caixa, Slama, a mulher e a mãe viravam noites confeccionando maiôs, biquínis e roupas de ginástica para terceiros - Os grandes empreendedores trabalham bastante para ter sucesso. As vezes todos os dias da semana sem hora de fechar.
8 - Investir na modernização da linha de produção - Atualizar-se continuamente é imprescindível. Inove para oferecer produtos “exclusivos” e de ”qualidade”. O “pioneirismo” nos coloca à frente dos concorrentes.
9 - Primeira confecção a convocar seus clientes a substituírem um lote inteiro de biquínis que apresentou problemas com a fixação da cor - A garantia dos produtos fideliza e cativa os clientes. Demonstra respeito aos mesmos o que é de grande relevância para o sucesso do negócio.
10 - Administrador com olhos voltados à frente do seu tempo - É preciso ter-se e/ou desenvolver a visão de futuro. Os grandes empreendedores apresentam características de vanguarda.
HISTÓRIA DA ROSA CHÁ UMA CAMPEÃ DE VENDAS
Com estampas tropicais, Amir Slama faz da Rosa Chá uma campeã de vendas
O que têm em comum Madonna, Britney Spears, Vera Fischer e Naomi Campbell? Elas são algumas das seletas clientes que desfilam os biquínis da paulista Rosa Chá nas areias do Brasil, Estados Unidos e Europa. Criada há 16 anos, a grife é sinônimo de moda praia brasileira no exterior. E não é difícil perceber por quê. Desde que confeccionou as primeiras peças no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, Amir Slama sabia exatamente o que pretendia: lançar uma grife que se diferenciasse pela exclusividade e inovação. Tarefa nada fácil em um país que faz da moda praia sua principal bandeira.
Hoje, seus maiôs e biquínis são vendidos a peso de ouro. Chegam a custar mais de 200 reais, mas nem por isso esquentam as araras das 23 lojas – entre próprias e franqueadas – e dos 380 pontos multimarcas espalhados pelo país, sem contar 122 outros endereços no exterior. Pelo contrário, somem num piscar de olhos, assim que as novas coleções são lançadas nas passarelas do São Paulo Fashion Week ou na Semana de Moda de Nova York. O que desperta tamanho desejo de consumo? "O conceito da marca que apresentou ao mercado um estilo de roupa de verão construído em cima de muita pesquisa de comportamento", explica Slama, com surpreendente simplicidade.
Filho de pai iraquiano e mãe romena, Slama nasceu e foi criado no tradicional bairro do Bom Retiro, reduto de imigrantes judeus e importante pólo de confecções de São Paulo. Formou-se em História e ainda hoje se confessa apaixonado pelo estudo do comportamento humano. De hábitos simples e guarda-roupa básico, ele revela que vai à praia por obrigação. Afinal, a areia é o palco de seus negócios.
ENDEREÇOS NOBRES – Slama se define como um administrador centralizador quando o assunto é Rosa Chá. Ele dita pessoalmente todos os passos da empresa, que hoje reúne 160 funcionários e concentra os esforços na internacionalização da marca. Das 437.000 peças produzidas em 2003, 10,5% seguiram para o exterior, percentual que deve se repetir este ano. Com seis anos de trabalho no exterior, Slama disputa em pé de igualdade com os criadores internacionais as araras de templos do consumo, como a Saks Fifth Avenue, de Nova York, e a Harvey Nichols, de Londres. A recente abertura de um show-room em Portugal comprova seu interesse em fazer dos biquínis made in Brazil um sucesso ainda maior.
"Meu grande desafio é oferecer ao consumidor sempre mais do que ele espera, surpreendê-lo pela novidade", admite Slama. Essa bandeira o empresário assumiu desde o início, quando usava o dinheiro ganho com as aulas de História para subsidiar a pequena confecção, iniciada com cinco máquinas usadas, de uma extinta empresa dos pais. "Não tínhamos crédito e negociávamos os pedidos pelo telefone da minha sogra, já que uma linha custava muito dinheiro naquela época", lembra.
Não foram poucas as vezes que sua mulher, Riva, voltou para casa chorando, porque os lojistas não se davam ao trabalho de olhar as peças. Um biquíni exposto na capa de uma importante revista feminina ajudou a divulgar a marca e a abrir portas. "Foi um início muito difícil. Para não desperdiçar, comprávamos a metragem exata de tecido para confeccionar cada pedido. Um erro significava um prejuízo enorme", recorda Slama, reforçando que a grife levou quatro anos para ter a sua primeira estampa exclusiva. Os magros pedidos não eram, porém, suficientes para capitalizar a empresa e fazer da Rosa Chá uma grife respeitada. Para fazer caixa, Slama, a mulher e a mãe viravam noites confeccionando maiôs, biquínis e roupas de ginástica para terceiros. Embora cansativo, o exercício levou o empresário a entender de costura e modelagem, facilitando a criação de modelos com recortes e encaixes especiais, um dos traços mais fortes da Rosa Chá.
“A ROSA CHÁ foi pioneira na adoção de um novo conceito no varejo de moda praia”
Atualmente eles já não trabalham no mesmo ritmo. A fábrica, de 3.800 metros quadrados, está automatizada e não apenas as estampas, mas boa parte dos tecidos é desenvolvida com exclusividade para a marca. E, ao contrário do que muitos possam imaginar, o endereço ainda é o bairro do Bom Retiro. A sede simples, porém funcional, não apresenta sinais de requinte ou arquitetura de grife. Slama sabe quanto custa ganhar cada centavo e se preocupa apenas em investir na modernização da linha de produção e na personalização das peças, jamais em luxo. A preocupação com a qualidade e a exclusividade, segundo o empresário, consome todas as energias da empresa.
CONCEITO ORIGINAL – A Rosa Chá foi pioneira na adoção de um novo conceito no varejo de moda praia. A primeira loja, aberta em 1997, na rua Oscar Freire, chamava a atenção pela exposição das peças por coordenação de cores e temas. "Pela primeira vez, maiôs e biquínis foram expostos em cabides, fazendo parte de um contexto, o que levou algum tempo para ser assimilado pelos lojistas", admite Slama.
A Rosa Chá também foi a primeira confecção a convocar seus clientes a substituírem um lote inteiro de biquínis que apresentou problemas com a fixação da cor. "Não foi jogada de marketing, como apregoaram alguns: foi respeito ao cliente", alfineta Slama. Na outra ponta, surpreendeu positivamente seu público ao oferecer a cada mulher a chance de exibir um maiô personalizado com sua própria foto. Ele não revela o quanto as vendas aumentaram, mas abre um belo sorriso ao afirmar que o resultado superou as expectativas.
"Talvez nosso maior segredo tenha sido jamais desviar nossa atenção do conceito original", reforça o empresário. Uma prova é a segunda marca da casa, a Sais. Lançada há cinco anos, tem por objetivo atender a um mercado menos seletivo em todo o Brasil, que a Rosa Chá, em razão de seu perfil, não era capaz de suprir.
Como um administrador com olhos voltados à frente do seu tempo, Slama já traçou os planos para o futuro próximo da Rosa Chá. "No Brasil há espaço para, no máximo, mais quatro lojas e a proposta é crescer no exterior", reforça, acrescentando que com esse objetivo a empresa criou, em 2002, duas novas divisões: a Rosa Chá Internacional e a Rosa Chá Europa. A primeira cuida dos negócios na América Latina, México, Canadá e Estados Unidos; a outra, da expansão da marca no resto do mundo. Trabalho é que não falta, mas é exatamente disso que gosta esse jovem empresário de 39 anos. _ K.S.
“Nosso segredo foi não desviar os olhos da proposta de criar um conceito de moda verão baseado no comportamento feminino”
Fonte: Site do Empreendedor
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