Trabalho em equipe requer uma coisa absolutamente fundamental: que todas as pessoas da equipe possam se dar bem, em um ambiente de respeito e tolerância para possíveis características pessoais conflitantes. Por outro lado, profissionais pouco tolerantes e difíceis tendem a trazer problemas para o trabalho em equipe, isto pode acabar com o ambiente de trabalho e mesmo tornar a vida dos colaboradores um inferno.
Gerenciar pessoas e ser líder é, sem dúvida nenhuma, uma arte de equilibrar-se entre desafios de resultados e pessoas. Um gestor competente sabe lidar com pessoas, sua principal matéria prima, e entender os diversos aspectos pessoais envolvidos para que os resultados propostos sejam atingidos. É sua responsabilidade. Não somente no aspecto técnico, mas o gestor que alcança o sucesso sabe “balancear” todos os pontos como motivar a equipe, atender as necessidades de cada envolvido – diga-se também que a empresa e os clientes fazem parte integrante deste processo – e agir mais como uma “ponte” entre os colaboradores e os objetivos.
No entanto, pessoas são definidas por suas personalidades. Este é um fato imutável e estas personalidades “falam mais alto” do que qualquer outra coisa dentro de um grupo. Pessoas de personalidade forte e que desconsideram os limites que governam bons relacionamentos, acabam se tornando um problema, não raro, levando a situações insuportáveis. Alguns profissionais, tecnicamente brilhantes, são defensivos socialmente, quase sempre reativos, e o que é pior, são dominados seriamente por suas emoções (muitas vezes sentimentos negativos sobre tudo e todos!) acabam por levar o ambiente de trabalho a um nível absolutamente intolerável.
Duas Maneiras de Enxergar o Problema
Como todas as situações na vida, existem mais de uma maneira de ver ou entender o mesmo problema. Neste caso olharemos o mesmo problema usando dois ângulos diferentes. O primeiro quando o problema é que outra pessoa da equipe de trabalho tem as características descritas acima. Neste caso, se realmente quer ser um gestor de sucesso, terá que aprender a como lidar com pessoas difíceis, e neste sentido, é necessário se colocar no lugar delas para entendê-las. Para entender exatamente o que deve ser feito e como agir em cada caso, é necessário “vestir”, por assim dizer, a fantasia que a outra pessoa usa. Descobrir razões e entender características, ajudará à saber o que fazer, como agir e reagir.
Uma percepção maior fará com que possamos entender se a pessoa vive uma “fase” ou se isto érealmente uma característica pessoal. Qualquer pessoa pode passar por fases difíceis, inclusive nós, e neste caso, contar com a compreensão de outros membros da equipe, especialmente se o líder da equipe conduzir o processo para este lado ajudará muito a manter um ambiente saudável.
Outra maneira de visualizar esta situação é quando o problema sou eu!
Neste caso, ficar atento ao feedback emocional por parte do grupo é fundamental. Todos nós temos que estar atento, quando trabalhamos em equipe – quer sejamos o líder ou não… – a como as pessoas reagem ao nosso próprio comportamento. Isto é delimitar nossas atitudes e desejos a determinados parâmetros que existem exatamente para que se possa manter um ambiente cordial de trabalho.
Se a reação das pessoas nos indicarem, através de palavras ou ações que o problema somos nós, então está mais do que na hora de rever conceitos. Se for o gestor, então, esta atitude de autoanálise e mudança de comportamento torna-se imperativa. Pessoas tirânicas, que explodem com frequência e por vezes acabam constrangendo os colaboradores ou colegas de trabalho, terão que enfrentar mais cedo ou mais tarde, o julgamento da “seleção natural” em termos profissionais. Quase sempre o resultado será negativo para suas carreiras.
Um profissional de relacionamento difícil – líder ou não – não consegue criar vínculos e parceiros no trabalho. Não importam em que níveis estejam às relações profissionais exigem reciprocidade e interdependência para agilizar os processos e a tomada de decisões. Amenizar certas características fará toda a diferença. Você pode ser alguém difícil chato e ríspido ou ser um difícil bem-humorado.
Relacionar-se bem e comunicar-se com exatidão e clareza com pessoas no trabalho pode ser um desafio desgastante, ou não. Para o gestor pode ser bem mais complicado e difícil pelas pressões naturais do cargo. Mas em qualquer dos casos, depende da sua forma de agir e da maneira como conduz seus relacionamentos profissionais. Pessoas com características mais difíceis, como arrogância, impaciência e agressividade, podem colocar tudo a perder. Líderes que dominam suas emoções e comportamento irão conseguir influenciar, motivar pessoas a darem o seu melhor. Pense nisso.
Fonte: Olhar empreendedor
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