Sendo o conflito parte natural e inevitável das relações humanas, mesmo nas melhores famílias podemos encontrar situações de confronto – e isso também acontece nos ambientes de trabalho. E é exatamente nesse momento que é preciso desenvolver competências comunicativas e interpessoais para solucionar a situação.
De acordo com Eduardo Shinyashiki, especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança e Preparação de Equipes, o confronto pode ser definido de como negativo, quando cada envolvido tenta impor a sua opinião sem ouvir a outra parte ou quando o comportamento de um interfere nas necessidades do outro, ou positivos, se as ideias são colocadas em discussão expondo outras formas de ver, ser e agir. “É preciso analisar se tudo isso é feito de um jeito construtivo, sem nos deixar envolver pela raiva, egoísmo e julgamento”, explica Shinyashiki.
Acaba sendo normal o ser humano evitar o conflito, pois interpreta apenas o lado negativo dele, chegando até a fazer de conta que ele não existe, se esquecendo, inclusive, que muitas relações chegam a se desfazer exatamente por não terem enfrentado essa adversidade, necessária muitas vezes. “O sucesso de um relacionamento pessoal ou profissional não depende da ausência de confrontos, mas da capacidade de resolvê-los”, avisa o especialista.
Esse elemento tem chamado a atenção nas companhias. Ele está diretamente ligado à diversidade, que é considerada importante em todas as empresas. Com a discordância de opiniões e ideias, se constrói organizações mais resistentes que compreendem mais a realidade mutável do mercado. No contexto administrativo e empresarial, o conflito, hoje, é enxergado como algo benéfico e necessário, ou seja, uma oportunidade.
Para Shinyashiki, “o líder precisa entender que não dá para fechar os olhos para as divergências, mas deve saber geri-la de forma a torná-la eficaz e produtiva para o grupo. Uma liderança eficiente facilita uma comunicação adequada, e também permite os integrantes ouvirem outros pontos de vista com a flexibilidade de mudarem de ideia, se necessário”.
O desafio é conseguir manter o equilíbrio mesmo na diversidade e viver o conflito não como ameaça, mas como momento de evolução, enriquecimento e abertura ao novo. “Ele é um problema a ser solucionado e não uma guerra a ser disputada”, conclui o consultor.
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