Este texto faz parte da coluna da Plataforma Brasil feito especialmente para os leitores do Saia do Lugar.Por: Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial.
Caro leitor, o título deste texto é uma evidente ironia. É óbvio que ninguém deseja projetar o seu negócio a partir de um Plano de Negócio ineficaz e sem sentido, mas por mais elementar que isso possa parecer, algumas armadilhas no momento de sua concepção, podem resultar justamente no efeito contrário ao desejado.
Não se trata apenas de fugir ou não de academicismos desnecessários, até porque conceito é conceito e deles não podemos escapar, mas de efetividade, e boa estruturação.
Mas para ser fiel ao título, desta vez apontaremos justamente aquilo que não se deve fazer.
Vamos lá:
1. Ocupe um imenso espaço do conteúdo com informações subjetivas, retóricas e de entendimento abstrato do negócio;
2. Não apresente uma tese clara de investimentos, explicitando objetivos e destinos claros, e nem se preocupe em detalhar o empenho deste capital pretendido;
3. Preocupe-se em conceber um material extenso, com muitas e muitas folhas de papel, sem nem mesmo reservar um breve espaço a um resumo conciso e executivo do negócio. Sim, analistas dispõe de todo o tempo do mundo para avaliar uma incógnita;
4. Não esclareça com bom detalhamento as memórias de cálculo;
5. Não apresente um claro estudo de viabilidade econômico-financeiro;
6. Projete apenas por um único ano, no lugar de 5, 6 ou mais anos;
7. Não se preocupe em abordar sobre as possíveis estratégias de saída de um potencial investidor;
8. Não apresente as taxas internas de retorno;
9. Não posicione o negócio no contexto que envolva concorrentes, mercados e segmentações;
10. Conceba uma modelagem financeira engessada que não permita a formatação de novos e adversos cenários;
Agora a última e derradeira: Carregue no otimismo com as informações que apresentar. Neste caso não se importe em expor fundamentações.
Fonte: Saia do lugar
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