Tais diferenças são muito evidentes na região Sul do País, onde os jovens apontam sonhar com quatro empresas que possuem forte atuação regional: a Votorantim, em 8º lugar, a Gerdau, que aparece em 10º lugar e tem sua sede no Rio Grande do Sul; a Volvo, que ocupa o 3ª lugar e instalou sua primeira fábrica brasileira no ano passado no Paraná, e o Grupo Boticário, em 5º lugar, que tem suas duas fábricas também neste estado.
No Nordeste, a empresa "novidade" é a petroquímica Braskem, que ocupa a 7ª posição nesta região. Já a Procter & Gamble é mencionada tanto pelos jovens do Sudeste como do Norte. Além de possuir seis de suas fábricas nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, a multinacional de bens de consumo tem aumentado sua exposição como marca na mídia. Provavelmente, ter uma marca popular também seja a razão que levou a Coca-Cola a estar na 10ª posição no Norte. Vale observar peculiaridades como o fato de que o Google tem menos destaque no Norte que em outras regiões do país.
Análise
A observação destes rankings provoca uma reflexão acerca de como este público avalia o que as empresas oferecem, ou seja, qual é o referencial que usam para formar suas opiniões. 23% destes jovens dizem que conhecem uma pessoa que trabalha ou trabalhou na empresa; 17% viram estas informações na imprensa ou blogs; 10% foram influenciados pelas redes sociais ou site da empresa; e, curiosamente, apenas 10% reconhecem que sua escolha é em razão dos produtos ou serviços. Estes critérios não variam regionalmente.Os dados obtidos trazem à tona que se o jovem não encontra o que deseja nas empresas da sua região, ele busca informações sobre outras, sem preocupação com os limites estabelecidos pela geografia. E as redes sociais são a porta de entrada das empresas para o universo onde esse público está. É por este meio que os jovens se informam sobre todos os assuntos: jornais, revistas, família, amigos, conhecidos, empresas. “Ao invés de só propagar a marca da empresa nas redes sociais, é importante buscar meios de gerar impressões positivas também como marca empregadora. A informação é replicada sem fronteiras, tanto para propagar o que é bom, como para o que não é”, explica Maíra Habimorad, presidente da Cia de Talentos.
Por esta razão é que possivelmente as opiniões dos jovens brasileiros estão cada vez mais uniformes. Um bom exemplo é o desenvolvimento profissional, citado como principal motivo para a escolha da empresa dos seus sonhos que constam do ranking, inclusive regionalmente. “Fizemos grupos focais e extraímos da fala deles que desenvolvimento profissional é o recurso para se tornar interessante para si e para o mercado. O jovem não quer mais apenas garantir sua empregabilidade, ele quer sentir-se em constante evolução” conclui Maíra.
Fonte: Administradores
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