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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Cinco erros mais comuns de empresas que querem ser inovadoras


         Por Felipe Scherer 
     
No post anterior escrevi sobre os erros comuns que os INOVADORES enfrentam ao colocar em prática seus projetos. Dedico esse para falar sobre os erros comuns cometidos pelas EMPRESAS ao iniciar a busca pela inovação.
1) Pedir inovação sem estratégia – o primeiro passo de muitas empresas ao começar a busca por inovação de forma intencional é colocar esse tema na agenda das reuniões internas. A mensagem é: precisamos começar a inovar! Claro que esse é o primeiro passo porém ele precisa vir conectado com a estratégia do negócio. Queremos nos tornar inovadores em que? Esse direcionamento é importante para criar um foco comum para todos os colaboradores. Também servirá para priorizar projetos e alocação de recursos.
2) Não definir a governança do processo – dizem que cachorro com vários donos morre de fome. Com a inovação é a mesma coisa. Ser todo mundo é a mesma coisa que ser de ninguém. É preciso definir a estrutura de governança das atividades, que responderá pelos resultados e conduzirá as ações para fomentar a cultura interna. Isso não quer dizer que os projetos devam ser conduzidos de forma centralizada mas sim que haja um grupo ou uma área preocupado em não deixar o urgente sempre sobrepor o importante.
3) Pedir inovação, cobrar operação – lembro do tempo de escola que havia sempre algum colega que fazia uma pergunta ao professor que todos estavam pensando: essa matéria vai cair na prova? Se a resposta fosse negativa, ou seja, não cairia na prova, quase que toda turma deixava de prestar a atenção e voltava seus pensamentos para o recreio, a educação física, etc… Na empresa acontece algo semelhante. Se a inovação não “cair na prova” dificilmente as pessoas vão entender isso como algo importante. Se a diretoria e os gestores falam em inovação mas avaliam e cobram pela operação, é natural que ela sobreponha a busca por novidades.
4) Gerenciar inovação e melhoria da mesma forma – existe uma diferença básica entre esses tipos de iniciativas que é o grau de risco e incerteza associado a elas. Algo realmente novo precisa ser conduzido e avaliado de forma distinta que algo já realizado em outras empresas ou com grau de dificuldade baixo. Caso contrário, complicamos o que deve ser simples e eliminamos todas as novidades visando enquadrá-las aos procedimentos padrão.
5) Manter a postura São Tomé – finalmente, adotar a postura “ver para crer” sempre acaba tornando os programas de inovação em algo burocrático e sem criatividade. Quem não quer correr riscos e exige que todos os números e certezas sejam apresentados no início dos projetos, dificilmente consegue se tornar uma empresa inovadora.

Fonte: Exame

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